sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Carnaval...
Os tambores sossegaram, o barulho cessou
As ruas voltaram a ser cinza
Tudo voltou ao seu normal anormal
As cigarras voltaram a ser formigas e nada
Daquilo permaneceu
Salvador não salvou ninguém
As dores e dúvidas permanecem fortes
Todo o carnaval tem seu fim
As passistas voltam a desfilar com suas vassouras
Entre uma mamadeira e outra
Sambando o samba bamba da vida
As mãos que seguravam a pesada bandeira com graça
Levantam a bandeira da sobrevivência
Os carros, só os coletivos...
E neles não há canção
Mas haja o que houver, continue sambando...
Prosseguimos nas alas da nossa sociedade
Que não é justa na hora de nos julgar
As notas, quase sempre desleais, prosseguem
Voltamos a ser Marias, Josés, Joãos
Sem paetês...sem plumas sem brilhos
A cidade que outrora era “livre”
Percebe o engano, ou melhor, não percebe
Ninguém se dá conta de que a vida é uma canção de amor triste.
Nana.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário