segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Protocolos facebookianos

Olá queridos e queridas! 

Hoje a tia Jô (adoro bancar a didática) queria conversar com vocês sobre algumas coisinhas pequenininhas que não são muito bacanas. O assunto de hoje é sobre nosso comportamento nas redes sociais, vamos lá? Vamos. 

Existem algumas coisas que não foram explicadas pra nós quando nos deram essa ferramenta tão potente e importante chamada internet. Não é de todo culpa nossa. Jogaram essa bomba nas nossas mãos, sim, porque o celular não sai da mão né? E a gente meio que foi vivendo e se adaptando da maneira que achou que devia. 

Antes de qualquer coisa, gostaria de deixar claro que não sou mestre em nada, nem me acho a mais certona em coisa nenhuma. Pelo contrário. Mas existem coisas que não precisa ser muito expert pra saber. Passam um pouco despercebido, prefiro acreditar nisso, e a gente precisa de alguém pra dizer: - ei, não tá legal!

Por exemplo, quando a gente curte alguma coisa no facebook, quando a gente aperta lá pra curtir, é porque você realmente achou o texto legal, a ideia bacana, a foto bonita. Curtir alguma coisa significa aprovação. Eu temo muito pela possibilidade da opção  "não curtir" (dizem por aí que está cada dia mais próximo de existir) porque se existe gente que curte tudo desmedidamente, com toda a certeza desse mundo vai ter algum espírito de porco que vai descurtir qualquer coisa! E, meus caros, o que você curte diz muito sobre você. Muito! As pessoas enxergam as coisas que você curte e isso permite traçar um perfil seu na cabeça de quem te segue. Você permite, você curte. 
E se isso acontece com as coisas que você curte, que dirá com as coisas que você compartilha?? 

Outra coisinha. Quando você posta uma foto deduz-se que você achou ela maneira e resolveu postar. Logo: você foi o primeiro a curtir a foto pra você mesmo, logo: você não precisa curtir no facebook! Curtir a própria foto, curtir o próprio post é ruim demais gente... Eu sei que você pode fazer o que quiser na sua página. Mas se você tiver um pouco de bom senso, eu acho que você vai concordar comigo. E se não tiver também, ok!

Pra não criar inimizades na rede eu nem vou falar das fotos sensuais com legendas Bíblicas, das alfinetadas nos ex qualquer coisa, nas que cismam que o mundo tem inveja delas e nos relacionamentos eternos que duram duas semanas. Pra que né? 


Obs: no Instagram tem um recurso que, tudo que você curte (qualquer foto em qualquer página) todo mundo vê. E tem gente que acessa essa ferramenta e vê o que você está curtindo. Maurício de Souza tá aí pra provar isso pra gente! 😉

Nana. 

domingo, 18 de outubro de 2015

A saia - série biografia

Eu deveria ter vergonha de contar algumas coisas nesse blog. Aliás, melhor dizendo, eu deveria ter vergonha de contar algumas coisas na vida! O correto seria passar por essas situações e guardar pra mim, no âmago do meu ser. Até ficar velha e esquecer. Mas, sério, que graça teria? E se minha vida tem alguma coisa essa coisa é graça. Apesar de parecer muito cagada de urubu (às vezes acredito mesmo que isso possa ter acontecido, mas não lembro de ter visto o bicho sobre minha cabeça) eu sou muito agraciada. Em vários sentidos. 

Mas não vim hoje pra falar sobre a graça que me rege. Não. Vim pra contar mais um causo tosco dessa minha vida de meu Deus. 

Eu sempre tive muitos problemas ao usar saias. Sempre! Nunca tive modos suficientes pra saia, vestido. Minha mãe vivia gritando pelo mundo "Olha os modos, você está de saia! Senta direito, garota!". Não que eu sentasse totalmente à mostra, mas minha noção de modos e decência sempre foi um pouco, digamos, distorcida. E as saias e vestidos só dificultavam tudo. 
Passei por algumas boas por causa disso, mas a que vou contar hoje, sem dúvida, foi a mais marcante. 

Eu trabalhava numa empresa (nada de nomes) e as salas eram compostas por divisórias e janelões de vidro, o que permitia que um visse a sala do outro. Eram três salas assim, mas duas ficavam de frente uma para a outra. Eu ficava em uma delas com a minha chefe. Na outra ficava o responsável pela TI e a moça do Comercial.

 Um dia decidi ir de saia para o trabalho, como em outras muitas ocasiões. A saia não era longa e nem curta; beirava a altura do joelho e era muito rodada, tinha muito pano. Verde, com uns detalhes que não sei explicar o que eram. Não era bonita, o que me dá ainda mais raiva. Eu não tinha motivo para usar aquilo, mas usei. Naquele dia. 

Depois do almoço, no horário da tarde, eu fui ao banheiro pra escovar os dentes e fazer xixi. Nada demais. Fiz o que tinha que fazer e voltei pra minha sala. Parei em frente à mesa da minha chefe pra conversar sobre algo que não lembro, quando ela apontou pra sala do lado e mandou eu olhar. O cara da Ti estava deitado em cima da mesa rolando de rir, literalmente. Roxo, passando mal, chacoalhando as pernas e rindo muito alto. A minha chefe deu um grito quando virei: ABAIXA ESSA SAIA, GAROTA! 
Tava tudo embolado. A saia grudou na calcinha de uma maneira Murphyana só pra me fazer passar aquela vergonha. Eu não senti um vento acusador sobre os fundos que me fizesse perceber que eu estava com a bunda toda de fora. Toda não, exagero. Metade dela. Que fosse 1/4! Era minha saia embolada na calcinha, o que já deixa tudo muito triste. 

Os dois rindo absurdamente e eu querendo sair dali, mas fingi que tava engraçado também. Não tinha outra opção. Ficamos os três rindo, mas meu riso era diferente com toda certeza. Depois, sem graça, o cara veio dizer que não viu nada. Que só viu que estava embolado, mas eu sei que ele viu. Nós dois sempre soubemos. Mentir  piorou as coisas porque justificou o injustificável. 

É, Meus queridos. Não foi fácil. 

Ainda uso saia e vestido, se interessa saber. Mas depois desse dia, apenas com short por baixo. Nunca mais me dei ao luxo de me permitir passar por essa situação de novo. Não posso e não quero. Tô contando aqui porque no dia que eu morrer, quero que lembrem de mim e deem boas e longas gargalhadas. Mesmo que seja da meia banda da minha bunda de fora. 

Nana.