segunda-feira, 22 de março de 2010

Desabafo II

Muitas coisas pra comemorar, eu sei. Tô sentindo. Sabe aquela sensação de “coisa boa vindo por aí”? Gostoso demais... Muita fé pra esperar o momento certo e muita força de vontade pra manter a boca fechada. Ô coisa difícil! Tô começando a ouvir a voz de Deus anunciando boas novas! Já estava tensa com o silêncio, mas o Senhor sabe exatamente até onde podemos suportar. Sabe, dia desses eu estive pensando em como as coisas sempre foram tão difíceis pra mim. Como eu sempre tive que lutar tanto para conseguir conquistar. Coisa boa é poder contar com alguém que sabe de todas as coisas! Coisa maravilhosa poder chorar nos ombros de alguém que não só seca nossas lágrimas, mas que também pode, efetivamente, nos ajudar. Maravilhoso ter um amigo como o Senhor! Estive pensando também sobre meus “amigos”. Pessoas que eu considerava tanto, me dedicava tanto, me doava tanto e tanto me fizeram chorar. Como eu chorei, meu Deus! Mas é bom demais saber que meu amigo fiel não me decepciona NUNCA! Ô certeza boa! Convicção plena, sabe? Não tem explicação. É crer e viver! É muito ruim colocar expectativas sobre as pessoas. Porque as coisas, as simples coisas, estão à mercê do acaso, do tempo; podem ou não acontecer. Simplesmente assim. Mas as pessoas podem ou não querer que aconteça e aí não tem desculpa. É fato! E é terrível saber que alguém não quis. Muito triste. Tristíssimo. Um dos motivos pelo qual eu fico mal é a falta de dedicação em se assumir. Fico decepcionada com as saídas estratégicas, sabe? Covardia; acho que o nome é esse. Aurélio deve saber. Aurélio não, é ultrapassado. Bota no Google! Eu queria poder ter a mente mais aberta, sabe? Ser menos cruel! Ter fair play! Mas não consigo, é demais pra mim. Fico indignada, perplexa, absorta, um monte de coisa com o mesmo significado. Me entrego ao sofrimento da perda, da derrota, do abandono, da falta de esperança em esperar demais de alguém. E me consumo em meio aos pensamentos mais horríveis, mais depreciativos. Fico com raiva, não compreendo. Nem sei se quero compreender. Hipocrisia demais. Por que não assumir a retirada? Promover a despedida. É tão bonito o ato de ir embora com dignidade. Mas covardia não combina com dignidade. E toma-lhe mais uma dose de crueldade! São nesses momentos que eu me apego com força ao meu refúgio, à minha fortaleza, ao meu socorro bem presente na hora da angústia. Minha justiça, meu Rei, meu herói, meu Pai, meu amigo. Tem coisa melhor? Amparo melhor? Claro que não. Saber que tem alguém cuidando das suas cicatrizes independente de retribuição. Saber que mesmo com suas limitações, mesmo com seus traumas e ressentimentos, defeitos e máculas, tem alguém que me ama incondicionalmente. Ô palavra bonita! É isso. Tudo isso. É o que Deus é pra mim. É por isso e por muito mais que eu tenho muitas coisas pra comemorar, eu sei. Tô sentindo. Com muita fé pra esperar o momento certo e muita força de vontade pra manter a boca fechada... bem fechada. Nana.