terça-feira, 1 de julho de 2014
O anel - série biografia
segunda-feira, 16 de junho de 2014
Os presentes - série biografia
Toda criança, quando faz aniversário, gosta e espera pelos presentes. É aquela expectativa de ganhar coisas legais pra brincar, de receber um agrado dos parentes e amigos. Comigo não era diferente. Quer dizer, era só um pouquinho...
Todos os anos meus pedidos surpreendiam. Tinha época que meu pai nem questionava o que eu queria porque sabia que vinha bomba!
Ao invés de escolher o carro da Barbie, a casa da Barbie, eu escolhia o banheiro; era dessas. Então, pra ele, era melhor comprar qualquer boneca que estivesse na moda e estava tudo certo. Mas eu me antecipava. Sabia que meu aniversário era em novembro e corria antes para pedir coisas. Para quem quer que fosse... rs
A primeira lembrança tosca que tenho com presentes de aniversario, é a de um quebra-cabeça que ganhei com 4 anos. Estávamos abrindo os presentes, eu e meu pai, até que ele pegou uma caixa e gritou “Oba! Um quebra cabeça!” O pânico invadiu meu ser! Como alguém podia ficar feliz com uma caixa que quebrava cabeças, gente? Imaginei mil coisas! Um martelo saindo daquela caixa do mal, minha cabeça espatifada na sala de casa, mil coisas! Chorei absurdos todas as vezes que meu pai ameaçava abrir a caixa! Quando vi que eram pecinhas dentro da caixa, pedi pra que ele mexesse com a mão. Podia ser uma armadilha, ne? Rs
Com 5 anos passava uma propaganda do Motel Championna TV. A propaganda dizia que o motel tinha discoteca, piscina, banheira de hidromassagem... uma beleza.
- Pai! Quando eu fizer aniversário me leva no Champion?
- Como nós vamos se o carro está quebrado?
- Vamos de bicicleta!
Ele não me levou. Arrumou uma desculpa qualquer e não fomos curtir a piscina, discoteca...
Com 6 anos uma tia ligou para falar com a minha mãe e comentou:
- Tá chegando seu aniversário hein! O que você quer de presente esse ano?
- Tia, quero um Tampax! (aquele absorvente íntimo, tipo O.B)
- UM TAMPAX???? Por que um Tampax?
- Ah tia, porque com Tampax a gente pode nadar, andar de bicicleta, correr...
Aquele silêncio...
- Passa pra sua mãe.. depois vemos isso com calma!
Nana
segunda-feira, 9 de junho de 2014
A fita - série biografia
terça-feira, 27 de maio de 2014
Todo um, um todo.
Olá queridos e queridas! (to amorosinha hoje)
Saudades desse lugar. Sempre dá. E sempre dá preguiça também.
Enfim, vim divagar.
Eu gosto das diferenças, eu gosto de ser diferente. E não no sentido prepotente de não ser igual a todos os outros. Não. Totalmente o contrário disso.
Porque, pra mim, nossas diferenças nos tornam seres iguais. Vou explicar. Tentar, pelo menos.
Meus pais sempre me ensinaram que todo mundo é igual, ninguém é melhor que ninguém. Temos nossas diferenças de cor, cultura, entendimento sobre as coisas, oportunidades que a vida nos dá, ou não, mas isso não nos torna melhores ou piores que ninguém.
Fui criada frequentando a casa de amigos nossos em comunidades do Centro e da Penha e nos melhores restaurantes e hotéis de Ipanema. Brincava com meus amiguinhos do morro do Cruzeiro, conhecia amiguinhos que moravam em Icaraí, São Conrado. Conheci casas onde a vala era aberta e o esgoto passava a céu aberto na porta e também pequenos castelos. Essa diferença nunca existiu pra nós. Não deixávamos de ir a lugar nenhum por motivo de não ter ou ter um pouco mais.
Meu pai sempre quis que tivéssemos e conhecêssemos o melhor e, na época, nosso melhor era passear pela cidade, visitar os pontos turísticos do Rio de Janeiro, os melhores Shoppings e restaurantes numa Brasília Marrom ano 85. Com freio ruim, com o farol mais pra lá do que pra cá, mas era o nosso melhor. E como era bom!
Aprendi a comer com um leque de talheres, quando necessário. Aprendi a comer de colher, quando preciso. Aprendi a colocar banana na comida quando não tinha carne. E também sei a diferença entre carnes de primeira e carnes de segunda.
Quero dizer com tudo isso, que hoje vejo tanta gente se gabando por tanta besteira! Tanta gente virando o nariz pros outros ou se sentindo superior por poucas migalhas a mais, sabe? Um pessoal aí se achando tão rico de dinheiro, mas é tão pobre de espírito!
Porque é branco é mais legal, porque é preto é mais cult, porque é pobre é mais perseguido, porque é rico é maioral. E no fundo no fundo todos sabem que não se trata de nada disso. Na verdade isso é uma besteira tão grande que nem deveria ser discutida. Não é o ter/ser que está sendo, por mim, debatido, porque o ter e o ser, ambos, tornaram-se itens de disputa! E desculpa, gente, mas toda a minha criação, por tudo que aprendi, isso me deixa tão triste.
Eu gosto de ver curadores de grandes exposições ao lado de funkeiros. Intelectuais ao lado de estudantes. Misturar o samba com violino (isso tem acontecido muito e é o máximo)! Por que não?
Por que não, gente?
O Brasil é um país todo misturado por si só. Vamos parar com essa mania de colônia, onde um tem que ser sempre o Imperador da brincadeira e os outros os súditos. Já sofremos a consequência dessas diferenças no bolso, nos lugares, na vida! Pelo menos no tratamento, uns para com os outros, vamos praticar o amor... custa nada! Nem pro pobre, nem pro rico.
Nana
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Ilusão, tudo.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Ruínas
quinta-feira, 21 de março de 2013
P'reu!
Então, aqui outra vez...
Eu nunca neguei e acho que nunca confirmei também, mas eu sou muito medrosa.
Acho que aprendi a me esconder numa capa de coragem que eu mesma confeccionei pra mim desde sempre e, oh, convence, viu?
Na verdade eu acho que sou meio levada pela correnteza do momento... vou embora e depois que acaba eu olho pra trás e digo: meu Deus!!!
É exatamente isso que eu sempre digo.
Então, isso tudo foi pra dizer que passei por poucas e boas de um tempo pra cá. Uma fase complicada, decisiva, necessária. E eu estava com um medo danado de falar, escrever sobre isso, mesmo sabendo que seria preciso. Por e pra mim.
Senhores, eu aprendi muitas coisas em muito pouco tempo. E eu senti o gosto doce e amargo de aprender.
Aprendi que em momentos, como esses que passei, você conhece e reconhece seus verdadeiros irmãos. Os de sentido literal e os de sentido figurado que tornam-se literais. Sim, isso é completamente possível.
Aprendi que sempre, SEMPRE é de onde a gente menos espera que vem a ajuda, o socorro, o ombro amigo. Por isso não espere, deixe vir porque vem.
Aprendi, mesmo com o coração pesado, doído, a ser leve. No sentido pleno da palavra. Não lamentar o tempo todo, não me cobrar tanto, não dar tanta atenção. Simplesmente deixar passar. E passa!!
Reconheci, mais do que eu ja sabia, o poder de um sorriso e o conforto que ele nos traz. Aliás, eu agora aprendi a sorrir quando estou com vontade, e tenho tido bastante vontade ultimamente.
Aprendi a ser amiga de Deus, de uma maneira que eu acho que nunca fui. Sem medo de dizer a verdade, sem me esconder atras de algumas coisas, sem fingir que ta tudo bem. Pode parecer besteira ou que isso é o óbvio, mas pra mim nunca foi e eu não tenho vergonha de dizer isso.
Quando a gente entende que se aproximar de Deus é tão simples, a gente se sente até um pouco ridiculo por complicar tanto.
Aprendi, de forma literal, que a chuva vem, o mau tempo com ela, mas que um dia o sol aparece e clareia tudo. E traz calor, aconhego, traz o novo! E quem disse que deve se temer o que é novo? Quem inventou que o novo é assustador?
Eu aprendi que o novo pode ser incrivel, maravilhoso!
Aprendi muitas e muitas coisas e continuo aprendendo. Com medo ou não, continuo aprendendo e vai ser assim.
Nana.