quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Drama

   As grandes tragédias não podem ser evitadas.
   Quando uma chuva forte chega, por mais que tenha havido eficaz previsão, alguém sempre sofre seus danos. Alguém sempre sai molhado, a tempestade não passa desapercebida.
    Quando um grande vulcão acorda, não há como evitar o derramar de suas quentes lavas. Não tem jeito, há de queimar.
     Ou então quando anunciada a vinda de um forte furacão, um tornado bem nervoso, tentamos nos proteger, compramos mantimentos, nos abrigamos, mas o furacão há de passar. Não tem jeito. Ele sempre há de carregar alguma coisa.
      A gente prevê, sente, as vezes até enxerga, mas não temos como evitar, não temos como parar ou pausar ou qualquer outra coisa, a tragédia chega e vem derrubando tudo. Vem nos tirando do nosso lugar de conforto, do quentinho, do macio, do gostoso. 
       E como toda grande tragédia ela vem carregando perdas, choro, dor. Muita dor.
       E toda dor, precisa ser sentida. Então vamos lá, sintamos a dor da tragédia já que outro jeito não há.
       Quando alguém morre, alguém querido, alguém que amamos, fica aquele vazio no peito, bem como quando sobrevém uma tragédia. Seria a morte mais uma delas? E quem interpela a Deus sobre seus motivos?
       É só dor, choro, muita dor.
  
                                                      Nana 

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