Olá queridos e queridas! (to amorosinha hoje)
Saudades desse lugar. Sempre dá. E sempre dá preguiça também.
Enfim, vim divagar.
Eu gosto das diferenças, eu gosto de ser diferente. E não no sentido prepotente de não ser igual a todos os outros. Não. Totalmente o contrário disso.
Porque, pra mim, nossas diferenças nos tornam seres iguais. Vou explicar. Tentar, pelo menos.
Meus pais sempre me ensinaram que todo mundo é igual, ninguém é melhor que ninguém. Temos nossas diferenças de cor, cultura, entendimento sobre as coisas, oportunidades que a vida nos dá, ou não, mas isso não nos torna melhores ou piores que ninguém.
Fui criada frequentando a casa de amigos nossos em comunidades do Centro e da Penha e nos melhores restaurantes e hotéis de Ipanema. Brincava com meus amiguinhos do morro do Cruzeiro, conhecia amiguinhos que moravam em Icaraí, São Conrado. Conheci casas onde a vala era aberta e o esgoto passava a céu aberto na porta e também pequenos castelos. Essa diferença nunca existiu pra nós. Não deixávamos de ir a lugar nenhum por motivo de não ter ou ter um pouco mais.
Meu pai sempre quis que tivéssemos e conhecêssemos o melhor e, na época, nosso melhor era passear pela cidade, visitar os pontos turísticos do Rio de Janeiro, os melhores Shoppings e restaurantes numa Brasília Marrom ano 85. Com freio ruim, com o farol mais pra lá do que pra cá, mas era o nosso melhor. E como era bom!
Aprendi a comer com um leque de talheres, quando necessário. Aprendi a comer de colher, quando preciso. Aprendi a colocar banana na comida quando não tinha carne. E também sei a diferença entre carnes de primeira e carnes de segunda.
Quero dizer com tudo isso, que hoje vejo tanta gente se gabando por tanta besteira! Tanta gente virando o nariz pros outros ou se sentindo superior por poucas migalhas a mais, sabe? Um pessoal aí se achando tão rico de dinheiro, mas é tão pobre de espírito!
Porque é branco é mais legal, porque é preto é mais cult, porque é pobre é mais perseguido, porque é rico é maioral. E no fundo no fundo todos sabem que não se trata de nada disso. Na verdade isso é uma besteira tão grande que nem deveria ser discutida. Não é o ter/ser que está sendo, por mim, debatido, porque o ter e o ser, ambos, tornaram-se itens de disputa! E desculpa, gente, mas toda a minha criação, por tudo que aprendi, isso me deixa tão triste.
Eu gosto de ver curadores de grandes exposições ao lado de funkeiros. Intelectuais ao lado de estudantes. Misturar o samba com violino (isso tem acontecido muito e é o máximo)! Por que não?
Por que não, gente?
O Brasil é um país todo misturado por si só. Vamos parar com essa mania de colônia, onde um tem que ser sempre o Imperador da brincadeira e os outros os súditos. Já sofremos a consequência dessas diferenças no bolso, nos lugares, na vida! Pelo menos no tratamento, uns para com os outros, vamos praticar o amor... custa nada! Nem pro pobre, nem pro rico.
Nana
terça-feira, 27 de maio de 2014
Todo um, um todo.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Ilusão, tudo.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Ruínas
quinta-feira, 21 de março de 2013
P'reu!
Então, aqui outra vez...
Eu nunca neguei e acho que nunca confirmei também, mas eu sou muito medrosa.
Acho que aprendi a me esconder numa capa de coragem que eu mesma confeccionei pra mim desde sempre e, oh, convence, viu?
Na verdade eu acho que sou meio levada pela correnteza do momento... vou embora e depois que acaba eu olho pra trás e digo: meu Deus!!!
É exatamente isso que eu sempre digo.
Então, isso tudo foi pra dizer que passei por poucas e boas de um tempo pra cá. Uma fase complicada, decisiva, necessária. E eu estava com um medo danado de falar, escrever sobre isso, mesmo sabendo que seria preciso. Por e pra mim.
Senhores, eu aprendi muitas coisas em muito pouco tempo. E eu senti o gosto doce e amargo de aprender.
Aprendi que em momentos, como esses que passei, você conhece e reconhece seus verdadeiros irmãos. Os de sentido literal e os de sentido figurado que tornam-se literais. Sim, isso é completamente possível.
Aprendi que sempre, SEMPRE é de onde a gente menos espera que vem a ajuda, o socorro, o ombro amigo. Por isso não espere, deixe vir porque vem.
Aprendi, mesmo com o coração pesado, doído, a ser leve. No sentido pleno da palavra. Não lamentar o tempo todo, não me cobrar tanto, não dar tanta atenção. Simplesmente deixar passar. E passa!!
Reconheci, mais do que eu ja sabia, o poder de um sorriso e o conforto que ele nos traz. Aliás, eu agora aprendi a sorrir quando estou com vontade, e tenho tido bastante vontade ultimamente.
Aprendi a ser amiga de Deus, de uma maneira que eu acho que nunca fui. Sem medo de dizer a verdade, sem me esconder atras de algumas coisas, sem fingir que ta tudo bem. Pode parecer besteira ou que isso é o óbvio, mas pra mim nunca foi e eu não tenho vergonha de dizer isso.
Quando a gente entende que se aproximar de Deus é tão simples, a gente se sente até um pouco ridiculo por complicar tanto.
Aprendi, de forma literal, que a chuva vem, o mau tempo com ela, mas que um dia o sol aparece e clareia tudo. E traz calor, aconhego, traz o novo! E quem disse que deve se temer o que é novo? Quem inventou que o novo é assustador?
Eu aprendi que o novo pode ser incrivel, maravilhoso!
Aprendi muitas e muitas coisas e continuo aprendendo. Com medo ou não, continuo aprendendo e vai ser assim.
Nana.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Quase trinta...
Ano acabando e eu sempre venho aqui com minhas reflexões retrospectivas. Não poderia ser diferente em 2012. Mas não vim aqui fazer um balanço do ano, e, sim, um balanço de mim.
Antes de mais nada, gostaria de deixar claro que esse post não é pra dar satisfações a ninguém. Não é pra esclarescer nada. É, simplesmente um post auto explicativo. Pra mim, em primeiro lugar, e a quem interessar.
Pois bem...
Tenho 28 anos. Sim, completei em Novembro desse ano.
Sou uma mulher de 28 anos, com obrigações de alguém que tem 28 anos, deveres / direitos e compromissos perante a sociedade de uma pessoa de 28 anos. Nunca me esquivei disso. Sei exatamente no que isso implica. O que não quer dizer que eu não possa fazer, viver, ser jovem. Eu ainda sou jovem... e até que me provem ou me façam acreditar o contrário, serei jovem até quando achar que tenho que ser. Isso pode acontecer daqui há 15 anos, ou pode nunca acontecer... problema meu.
Tenho cara de menina. Por anos achei isso uma tremenda falta de sorte, mas hoje não. Assumo. Não me orgulho; seria mentira se dissesse que sim, afinal de contas é ruim te pedirem identidade em algumas ocasiões duvidando da sua idade você tendo dez anos a mais que os 18 da maioridade. Mas se quis Deus assim, ok! Vamos curtir!
O que quero dizer é que, por ter essa cara de criança carente, as pessoas acham que eu tenho a idade mental de uma menina de 16 anos. Não, senhores. Na mente, minha idade varia. Numa velocidade até engraçada.
Morro de rir da piada do tomatinho atropelado e sei divagar sobre assuntos bem adultos com maestria. Sou dessas.
Então, sendo assim, posso parecer uma menina e me portar como adulta ou vice-versa. Não fica feio, nem deselegante.
E, se ficar, meus caros, eu hei de arcar com as consequências disso. Como uma mulher de 28 anos que sou, sei bem disso. Eu faço, eu pago, eu recebo. Seja pro bem, pro mal, pro que for.
Minhas mudanças de visual, comportamentais, escolhas, e tudo o mais, refletem o que me tornei ao longo desses 28 anos.
Não sei tudo da vida... não MESMO! Mas sei até onde posso ir, até onde suporto. Depois de 28 anos, você começa a perceber seus limites. Seu auto-conhecimento já está bem avançadinho. Se não tiver, faça análise meu bem, porque, né? Já deu tempo.
Não que eu não precise de análise. Pelo contrário.
Então é isso. Pra encerrar uma musiquinha que ouvi nesse fim de semana que descreve BEM o que to querendo dizer. E, olhem só, musiquinha da Sandy. Uma pessoa que "sofre" do mesmo problema que eu. Se metem na vida da Sandy desde que a garota "apareceu". No namoro da Sandy, na virgindade dela, se ela deu antes de casar, se ela pode gostar ou não de cerveja...só porque ela tem aquela carinha de menina ingênua, as pessoas pensam que ela é retardada e se sentem no direito de tomar conta dela.
Gente, eu e a Sandy temos mais de 25 anos. Ela, como eu, sabe o que quer, faz suas escolhas, vive a vida dela. E se ela não estiver certa, e se não estiver errada...é problema dela. E meu, no caso.
Enfim...Canta Sandy, pra mim e pra você!
Aquela Dos 30
(Sandy)
Hoje já é quinta-feira
E eu já tenho quase 30
Acabou a brincadeira
E aumentou em mim a pressa
De ser tudo o que eu queria
E ter mais tempo pra me exercer
Tenho sonhos adolescentes
Mas as costas doem
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem
Tenho discos de 87 e de 2009
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem
Hoje já é quinta-feira
E há pouco tinha quase 20
Tantos planos eu fazia
E eu achava que em 10 anos
Viveria uma vida
E não me faltaria tanto pra ver
Tenho sonhos adolescentes
Mas as costas doem
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem
Tenho discos de 87 e de 2009
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem
Tempo falta
E me faz tanta falta
Preciso de um tempo maior
Que a vida que eu não tenho toda pela frente
E do tamanho do que a alma sente
Tenho sonhos adolescentes
Mas as costas doem
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem
Tenho discos de 87 e de 2009
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem
Tenho sonhos adolescentes
Mas as costas doem
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem
Dou valor ao que a alma sente
Mas já curti Bon Jovi
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem
Já é quase meia-noite
Quase sexta-feira
E me falta tanto ainda...
Bjs,
Nana
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Feita de diamantes...
Mas minha sensibilidade tá num ponto de dar dó! Abaixo de zero...
De uns tempos pra cá, só as músicas, as boas músicas, tem me alcançado e mexido de alguma forma com o que estou sentindo.
Essa é uma delas. Na verdade sempre foi.
E a quem interessar, sim, sou feita de diamantes.
Forte, brilhante, valiosa como eles....
Diamonds On The Inside
(Ben Harper)
I knew a girl
Her name was truth
She was a horrible liar.
She couldnt spend one day alone
But she couldnt be satisfied.
When you have everything,
You have everything to lose.
She made herself
A bed of nails
And shes plannin' on puttin' it to use.
But she had diamonds on the inside
She had diamonds on the inside
She had diamonds on the inside
Diamonds
A candle throws its light into the darkness
In a nasty world,so shines the good deed
Make sure the fortune, that you seek
Is the fortune that you need.
So tell me why,the first to ask,is the last to give,everytime
What you say and do not mean
Follow too close behind
She had diamonds on the inside
She had diamonds on the inside
She wore diamonds on the inside
Diamonds
Like the soldier long standing long under fire
Any change comes as a relief.
Let the giver's name remain unspoken
She is just a generous thief.
She had diamonds on the inside
She had diamonds on the inside
She wore diamonds on the inside
She wore diamonds
Oh diamonds
She had diamonds
She wore diamonds
Diamonds...
Nana.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Tributando Chico
Nenhuma associação...
só que amo, e muito.
Beijos...
Ela faz cinema
(Chico Buarque)
Quando ela chora
Não sei se é dos olhos para fora
Não sei do que ri
Eu não sei se ela agora
Está fora de si
Ou se é o estilo de uma grande dama
Quando me encara e desata os cabelos
Não sei se ela está mesmo aqui
Quando se joga na minha cama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é a tal
Sei que ela pode ser mil
Mas não existe outra igual
Quando ela mente
Não sei se ela deveras sente
O que mente para mim
Serei eu meramente
Mais um personagem efêmero
Da sua trama
Quando vestida de preto
Dá-me um beijo seco
Prevejo meu fim
E a cada vez que o perdão
Me clama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é demais
Talvez nem me queira bem
Porém faz um bem que ninguém
Me faz
Eu não sei
Se ela sabe o que fez
Quando fez o meu peito
Cantar outra vez
Quando ela jura
Não sei por que Deus ela jura
Que tem coração
e quando o meu coração
Se inflama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é assim
Nunca será de ninguém
Porém eu não sei viver sem
E fim