sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Ilusão, tudo.

     Então. Ausente, mas sempre volto! rs
    
    A vida tomando seus rumos, os caminhos fazendo algumas curvas, mas estamos aí e é isso que importa! Mas hoje não vim falar de mim, não. 
   De uns tempos pra cá a felicidade tem sido jogada na nossa cara de uma maneira até meio absurda e em grandes punhados banhados a gliter. É, to falando das redes sociais. São fotos, declarações de amor, status de uma felicidade que contagia, irrita, dá vontade de ter igual, tudo ao mesmo tempo. 
   Antigamente isso acontecia muito na televisão, nas novelas, comerciais de margarina. A vida de um ou outro conhecido até parecia ser esse quadro pintado a tinta óleo, mas a gente vivia de especulações. Fulano e Beltrana "pareciam" felizes. Hoje não. Hoje o Fulano, mesmo sendo infiel, mesmo sendo grosso, estúpido, mão de vaca, bota lá que tem amor eterno pela companheira, mete um coraçãozinho e tá  tudo certo. Pronto, convencidos. E a Beltrana, mesmo de saco cheio, cansada de viver aquilo, abre um belo sorriso na foto e ainda curte o que o outro escreveu, prometendo reciprocidade em um amor pra sempre. 

   E a busca por estampar essa felicidade tem ultrapassado limites. É pegar roupa emprestada pra postar foto que tá com roupa nova, é pegar 3 ônibus pra postar que ta tirando onda na praia ( EU já fiz isso... Sei do que to falando), é estar num momento especial e, ao invés de curtir aquilo, catar o celular, jogar o cabelo pro lado, forçar um sorriso e pedir alguém pra tirar foto, porque, afinal de contas, que graça tem se não for publicado? 

    Eu sou rata de redes sociais, sempre fui! Tenho facebook há anos! Já passei por orkut, fotolog, tumbler, instagram. Não sou contra e nem to postando isso pra ser/parecer demagoga. Não sou dessas. É que to preocupada com o que as pessoas andam digerindo através dessas coisas. Tenho visto tanta mentira, tanta gente tentando parecer algo que não é, tanto sorriso fingido nas fotos, tanto post dando lição de uma coisa que não  faz... Tanta coisa estranha que quer parecer legal, normal. Medo das pessoas começarem a buscar isso de uma maneira desenfreada. Medo de um casal, que não está bem, ver sempre a foto de um que parece bem e querer aquilo, começar a achar que só a sua vida não tá prestando. Medo de pessoas sem gratidão e alegria com o que tem e querendo buscar aquilo que não  tem e nem pode ter.
   Quando digo essas coisas é porque eu mesma já me peguei pensando assim. A gente cresce achando que a grama do vizinho é mais verde que a nossa e, gente, não é! E se a sua for menos verde... Faça esverdear! Adube, plante de novo, regue com cuidado... Sai do facebook e vai cuidar da sua grama! 

    Desculpa se de alguma forma esse post está parecendo grosseiro. Pensei e repensei mto antes de publicar esse texto, mas é mais um desabafo do que qualquer outra coisa. Não vou deixar de postar coisas nas redes sociais e nem me desfazer de nenhuma conta... Não é essa a intenção e não é disso que estou falando. Só queria que, quem está lendo esse texto até agora, parasse e pensasse um pouco sobre essas coisas. Tudo isso é ilusão. Ninguém é feliz o tempo todo. E seria um saco se assim o fosse. Acredito MUITO no amor, mas ele não  precisa ser demonstrado pro mundo o tempo todo. Fala no ouvido da pessoa, demonstre, afague... Depois posta! Se for assim, ta valendo. De verdade! Se reserve ao direito da discrição. Menos é mais.

   

Obs: postei essa foto de uma piscina que não é minha, com um óculos que não é meu, estava ardendo e meu cabelo ficou verde neste dia! Mas isso, nada disso foi postado. :)


Nana.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Ruínas

E, de repente, é como se o mundo desmoronasse sobre a sua cabeça e tudo que te cerca são escombros.

Você olha pra cima, pros lados, pra baixo e só restam pedaços, cacos, cinza daquilo que ja foi inteiro. E ou você grita por socorro, ou você respira, ou se acomoda, ou espera... Ate que alguém chegue, até que a morte chegue.

E lá embaixo, no fundo, sozinho, passa um filme, flashes daquilo que era. Como poderia ter sido. Poderia não ter desmoronado? Não se sabe. Nunca de há de saber. Ou não.

Certeza mesmo é a de estar cercado por  pedaços, cacos, cinza daquilo que já foi inteiro.

Hoje, apenas soterrado.

Nana

quinta-feira, 21 de março de 2013

P'reu!

Então,  aqui outra vez...

Eu nunca neguei e acho que nunca confirmei também,  mas eu sou muito medrosa.
Acho que aprendi a me esconder numa capa de coragem que eu mesma confeccionei pra mim desde sempre e, oh, convence, viu?
Na verdade eu acho que sou meio levada pela correnteza do momento... vou embora e depois que acaba eu olho pra trás e digo: meu Deus!!!

É exatamente isso que eu sempre digo.

Então,  isso tudo foi pra dizer que passei por poucas e boas de um tempo pra cá.  Uma fase complicada, decisiva, necessária.  E eu estava com um medo danado de falar, escrever sobre isso, mesmo sabendo que seria preciso. Por e pra mim.

Senhores, eu aprendi muitas coisas em muito pouco tempo. E eu senti o gosto doce e amargo de aprender.

Aprendi que em momentos, como esses que passei, você conhece e reconhece seus verdadeiros irmãos.  Os de sentido literal e os de sentido figurado que tornam-se literais. Sim, isso é completamente possível.

Aprendi que sempre,  SEMPRE é de onde a gente menos espera que vem a ajuda, o socorro, o ombro amigo. Por isso não espere, deixe vir porque vem.

Aprendi, mesmo com o coração pesado, doído,  a ser leve. No sentido pleno da palavra. Não lamentar o tempo todo, não me cobrar tanto,  não dar tanta atenção.  Simplesmente deixar passar. E passa!!

Reconheci, mais do que eu ja sabia, o poder de um sorriso e o conforto que ele nos traz. Aliás,  eu agora aprendi a sorrir quando estou com vontade, e tenho tido bastante vontade ultimamente.

Aprendi a ser amiga de Deus, de uma maneira que eu acho que nunca fui. Sem medo de dizer a verdade, sem me esconder atras de algumas coisas, sem fingir que ta tudo bem. Pode parecer besteira ou que isso é o óbvio, mas pra mim nunca foi e eu não tenho vergonha de dizer isso.
Quando a gente entende que se aproximar de Deus é tão simples, a gente se sente até um pouco ridiculo por complicar tanto.

Aprendi, de forma literal, que a chuva vem, o mau tempo com ela, mas que um dia o sol aparece e clareia tudo. E traz calor, aconhego, traz o novo! E quem disse que deve se temer o que é novo? Quem inventou que o novo é assustador?

Eu aprendi que o novo pode ser incrivel, maravilhoso!

Aprendi muitas e muitas coisas e continuo aprendendo.  Com medo ou  não,  continuo aprendendo e vai ser assim.

Nana.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Quase trinta...

Então.. vamos lá.

Ano acabando e eu sempre venho aqui com minhas reflexões retrospectivas. Não poderia ser diferente em 2012. Mas não vim aqui fazer um balanço do ano, e, sim, um balanço de mim.

Antes de mais nada, gostaria de deixar claro que esse post não é pra dar satisfações a ninguém. Não é pra esclarescer nada. É, simplesmente um post auto explicativo. Pra mim, em primeiro lugar, e a quem interessar.

Pois bem...

Tenho 28 anos. Sim, completei em Novembro desse ano.
Sou uma mulher de 28 anos, com obrigações de alguém que tem 28 anos, deveres / direitos e compromissos perante a sociedade de uma pessoa de 28 anos. Nunca me esquivei disso. Sei exatamente no que isso implica. O que não quer dizer que eu não possa fazer, viver, ser jovem. Eu ainda sou jovem... e até que me provem ou me façam acreditar o contrário, serei jovem até quando achar que tenho que ser. Isso pode acontecer daqui há 15 anos, ou pode nunca acontecer... problema meu.

Tenho cara de menina. Por anos achei isso uma tremenda falta de sorte, mas hoje não. Assumo. Não me orgulho; seria mentira se dissesse que sim, afinal de contas é ruim te pedirem identidade em algumas ocasiões duvidando da sua idade você tendo dez anos a mais que os 18 da maioridade. Mas se quis Deus assim, ok! Vamos curtir!

O que quero dizer é que, por ter essa cara de criança carente, as pessoas acham que eu tenho a idade mental de uma menina de 16 anos. Não, senhores. Na mente, minha idade varia. Numa velocidade até engraçada.
Morro de rir da piada do tomatinho atropelado e sei divagar sobre assuntos bem adultos com maestria. Sou dessas.

Então, sendo assim, posso parecer uma menina e me portar como adulta ou vice-versa. Não fica feio, nem deselegante.

E, se ficar, meus caros, eu hei de arcar com as consequências disso. Como uma mulher de 28 anos que sou, sei bem disso. Eu faço, eu pago, eu recebo. Seja pro bem, pro mal, pro que for.

Minhas mudanças de visual, comportamentais, escolhas, e tudo o mais, refletem o que me tornei ao longo desses 28 anos.

Não sei tudo da vida... não MESMO! Mas sei até onde posso ir, até onde suporto. Depois de 28 anos, você começa a perceber seus limites. Seu auto-conhecimento já está bem avançadinho. Se não tiver, faça análise meu bem, porque, né? Já deu tempo.

Não que eu não precise de análise. Pelo contrário.

Então é isso. Pra encerrar uma musiquinha que ouvi nesse fim de semana que descreve BEM o que to querendo dizer. E, olhem só, musiquinha da Sandy. Uma pessoa que "sofre" do  mesmo problema que eu. Se metem na vida da Sandy desde que a garota "apareceu". No namoro da Sandy, na virgindade dela, se ela deu antes de casar, se ela pode gostar ou não de cerveja...só porque ela tem aquela carinha de menina ingênua, as pessoas pensam que ela é retardada e se sentem no direito de tomar conta dela.

Gente, eu e a Sandy temos mais de 25 anos. Ela, como eu, sabe o que quer, faz suas escolhas, vive a vida dela. E se ela não estiver certa, e se não estiver errada...é problema dela. E meu, no caso.

Enfim...Canta Sandy, pra mim e pra você!

Aquela Dos 30

(Sandy)

Hoje já é quinta-feira

E eu já tenho quase 30

Acabou a brincadeira

E aumentou em mim a pressa

De ser tudo o que eu queria

E ter mais tempo pra me exercer

Tenho sonhos adolescentes

Mas as costas doem

Sou jovem pra ser velha

E velha pra ser jovem

Tenho discos de 87 e de 2009

Sou jovem pra ser velha

E velha pra ser jovem
Hoje já é quinta-feira

E há pouco tinha quase 20

Tantos planos eu fazia

E eu achava que em 10 anos

Viveria uma vida

E não me faltaria tanto pra ver
Tenho sonhos adolescentes

Mas as costas doem

Sou jovem pra ser velha

E velha pra ser jovem

Tenho discos de 87 e de 2009

Sou jovem pra ser velha

E velha pra ser jovem
Tempo falta

E me faz tanta falta

Preciso de um tempo maior

Que a vida que eu não tenho toda pela frente

E do tamanho do que a alma sente

Tenho sonhos adolescentes

Mas as costas doem

Sou jovem pra ser velha

E velha pra ser jovem

Tenho discos de 87 e de 2009

Sou jovem pra ser velha

E velha pra ser jovem

Tenho sonhos adolescentes

Mas as costas doem

Sou jovem pra ser velha

E velha pra ser jovem

Dou valor ao que a alma sente

Mas já curti Bon Jovi

Sou jovem pra ser velha

E velha pra ser jovem

Já é quase meia-noite

Quase sexta-feira

E me falta tanto ainda...



Bjs,

Nana

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Feita de diamantes...

É..eu sei, tô muito musical.
Mas minha sensibilidade tá num ponto de dar dó! Abaixo de zero...
De uns tempos pra cá, só as músicas, as boas músicas, tem me alcançado e mexido de alguma forma com o que estou sentindo.

Essa é uma delas. Na verdade sempre foi.

E a quem interessar, sim, sou feita de diamantes.
Forte, brilhante, valiosa como eles....


Diamonds On The Inside

(Ben Harper)
I knew a girl

Her name was truth

She was a horrible liar.


She couldnt spend one day alone

But she couldnt be satisfied.


When you have everything,

You have everything to lose.

She made herself

A bed of nails

And shes plannin' on puttin' it to use.


But she had diamonds on the inside

She had diamonds on the inside

She had diamonds on the inside

Diamonds


A candle throws its light into the darkness

In a nasty world,so shines the good deed

Make sure the fortune, that you seek

Is the fortune that you need.


So tell me why,the first to ask,is the last to give,everytime

What you say and do not mean

Follow too close behind


She had diamonds on the inside

She had diamonds on the inside

She wore diamonds on the inside

Diamonds


Like the soldier long standing long under fire

Any change comes as a relief.

Let the giver's name remain unspoken

She is just a generous thief.


She had diamonds on the inside

She had diamonds on the inside

She wore diamonds on the inside

She wore diamonds

Oh diamonds

She had diamonds

She wore diamonds

Diamonds...


Nana.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Tributando Chico

Nenhuma semelhança...
Nenhuma associação...

só que amo, e muito.

Beijos...



Ela faz cinema

(Chico Buarque)

Quando ela chora

Não sei se é dos olhos para fora

Não sei do que ri

Eu não sei se ela agora

Está fora de si

Ou se é o estilo de uma grande dama

Quando me encara e desata os cabelos

Não sei se ela está mesmo aqui

Quando se joga na minha cama



Ela faz cinema

Ela faz cinema

Ela é a tal

Sei que ela pode ser mil

Mas não existe outra igual



Quando ela mente

Não sei se ela deveras sente

O que mente para mim

Serei eu meramente

Mais um personagem efêmero

Da sua trama

Quando vestida de preto

Dá-me um beijo seco

Prevejo meu fim

E a cada vez que o perdão

Me clama



Ela faz cinema

Ela faz cinema

Ela é demais

Talvez nem me queira bem

Porém faz um bem que ninguém

Me faz



Eu não sei

Se ela sabe o que fez

Quando fez o meu peito

Cantar outra vez

Quando ela jura

Não sei por que Deus ela jura

Que tem coração

e quando o meu coração

Se inflama



Ela faz cinema

Ela faz cinema

Ela é assim

Nunca será de ninguém

Porém eu não sei viver sem

E fim

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Re-beginning

Ela abriu os olhos e deu um soco meio torto no despertador que insistia em gritar ao seu lado. Se recusou a acreditar que já era hora de levantar e fechou os olhos por mais alguns segundos. Era inútil, não tinha mais tempo.

Sentar-se na cama parecia um exercício impossível, mas conseguiu. Esfregou os olhos inchados com força e permaneceu sentada por mais algum tempo, olhando pra lugar nenhum.

Levantou, deu duas voltas em torno de si mesma procurando seus chinelos.
Achou um só, calçou e caminhou até o banheiro.

Evitou olhar-se no espelho, mas precisava fazê-lo. Não gostara do que via. Nem um pouco. "É o que temos", pensou alto.

Andou desnorteada até a cozinha, abriu a geladeira e pegou uma caixa de leite gelado. Derramou no copo e bebeu assim mesmo, rápido, pra não sentir o gosto.

Na pia, muitas fotos rasgadas do dia anterior. Quis chorar, mas estava atrasada.

Cambaleou mais um pouco de volta ao quarto, abriu seu armário e tudo que queria era entrar nele e sair em Nárnia! Cavou até achar o fundo, mas não havia porta alguma. "Merda!"

Escolheu um vestido preto e seu escarpim preto de verniz; o modelito perfeito para aquele dia fúnebre.
Lembrou quando usou ele pela ultima vez durante um jantar que não terminara bem. Pensou em desistir de usá-lo, mas seria bom lembrar de tudo aquilo durante o dia.

Lembrar pra esquecer!

Foi despindo-se até chegar ao banheiro e entrou no box gelado. Abriu o chuveiro bem pouco e sentiu aquela água fervendo sobre seu corpo. Doía, queimava, mas era gostoso. Deixou a água cair sobre seus cabelos e ficou ali parada por um bom tempo, desejando que a água levasse ralo abaixo seus pensamentos, dores, as palavras de adeus que ouvira na noite anterior, o desgosto da dedicação, tudo, ralo abaixo! Lembrou que estava atrasada e tratou logo de terminar o que havia começado. "Tudo tem um fim, você sempre soube disso!" Aquelas palavras não saiam da sua cabeça...

Vestiu sua roupa fúnebre, maquiou-se lentamente com as mãos ainda trêmulas pelo efeito do calmante e calçou os sapatos.

Olhou-se no espelho. Quis desistir.

Sentou na cama novamente e olhava para lugar nenhum tentando encontrar respostas, mas ela sabia que não tinham respostas. Era aquilo e aquilo não iria mudar. Lembrou de quando era criança e do quanto dizia que príncipes não vem em cavalos brancos. "Mas num preto, cairia bem".

Derramou uma lagrima pelo príncipe que não existia. E mais uma pelo que ela acreditava o ser.

Não tinha mais tempo e nem paciência praquilo. Levantou e foi embora fechando a porta e deixando lá dentro tudo que queria esquecer, apagar.

Colocou seus óculos escuros e saiu para mais um dia de trabalho.

Nana