segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Mulheres, chega!

Eu iria fazer textão no facebook, mas se eu detesto ler o dos outros, não seria nada bacana e lógico fazer com que o povo lesse o meu. Então, senhores e senhoras, vai por aqui mesmo, na minha casa.

Recebi ontem o depoimento de uma grande amiga, uma mulher batalhadora, esforçada, bem sucedida, esclarecida, engraçada, gostosa, enfim, uma Mulher com M maiúsculo. E no depoimento ela contou que acaba de sair de um relacionamento abusivo após ter sofrido uma agressão física do então namorado. Namorado esse que se apresentou como um príncipe, educado, gentil, romântico e se transformou num homem possessivo e ciumento. A gente sabe que pessoas não "se transformam". São. E a gente não percebe por uma série de motivos. Mas isso não vem ao caso. O caso é que ele já vinha demonstrando sinais de que a qualquer momento teria atitudes monstruosas e, por amor, por cegueira, por acreditar que o cara iria mudar, que era apenas uma fase, ela foi postergando o fim desse relacionamento.

Queridas, queridas. Chega!!! 

Estamos submetidas a isso o tempo todo, aceitando coisas desse tipo o tempo todo! Ela, óbvio, terminou esse relacionamento, mas fico pensando em quantas de nós se subjuga a isso por anos, por toda uma vida! Relacionamentos que nos diminuem, que fazem com que a gente se sinta presa, pequena, acuada! Não!!!!

Nenhuma de nós precisa passar por isso. Nenhuma de nós DEVE passar por isso. 

Conquistamos nosso espaço, aliás, estamos conquistando a passos lentos porque, cada vez que fico sabendo de uma história dessas, percebo que estamos longe de ter um lugar ao sol!

São ofensas, tapas na alma e no corpo. Violência verbal, física, psicológica. Um jugo pesado, difícil de carregar. Um peso que não temos força pra carregar porque não temos estrutura pra isso. 

Você não precisa se permitir a passar por esse tipo de coisa pra ter um homem pra chamar de seu. Até porque "pertencer" a uma figura que é capaz de fazer isso com você não tem bônus algum.

Às vezes, na rua, vejo cada situação que fico pensando: como alguém se sujeita a isso? E lembro que eu também já me sujeitei. E tô começando a achar que todas as mulheres do mundo já passaram por algo pelo menos parecido! Eu tô falando de mundo, queridas! Nível mundial a coisa.

É grosseria por ciúmes, possessão, raiva, falta de paciência, imaturidade, uma série de coisas que não explicam e nem justificam!

Triste, viu? Tristíssimo!

E eu sei que não é uma coisa de agora. Mas estamos em pleno século XXI, sabe? Tantos avanços, tecnologias, e ainda temos homens que pensam e agem como homens das cavernas. Somos criadas desde pequenas para sermos mães e mulheres que cuidam de casa, estudam e precisam ser bem sucedidas em tudo o que fazem. Nos enfiam uma boneca no colo, um fogão com panelinhas e a gente já cria uma expectativa de crescer, ter essa realidade e idealiza um príncipe (que nos fazem acreditar que existe) pra complementar toda essa felicidade "Margarina Qually". Ok. E aí a gente cresce, amadurece, e o príncipe não aparece. Temos que aceitar os monstros. Desculpa, mas não.

Querida, ame-se mais! Valorize-se! 

Você é linda e importante a sua maneira. Nada e ninguém pode fazer com que você se aproprie do contrário. Eu já fiz isso e digo com todo o fôlego do meu ser: NÃO VALE A PENA!!!

Chega de relacionamentos abusivos,  chega de acreditar que a mulher merece apanhar. Não tá satisfeito com o que tem, querido!? Rala, vaza, mete o pé!

Por mais rosas em nossas salas, por mais jantares a luz de velas, por mais cartas de amor e declarações ao som do violão, por mais beijos e palavras de carinho. Mãos dadas e afeto. Do contrário, diga não.

Nana.


3 comentários:

Isa disse...

Achei que você não gostasse de gente que toca violão. HAHAHAHA
Perfeito o texto bicha.

Unknown disse...

Foda

Unknown disse...

Foda